"Pregava o
Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem
impedimento algum".
Atos 28:31 (NVI)
As igrejas evangélicas brasileiras,
buscando uma aceitabilidade maior do Evangelho, fez com que, ao longo dos anos,
fosse assimilada a idéia de anunciar (repassar) Jesus Cristo de forma rápida e
padronizada. Sendo assim, a igreja se tornou uma grande lanchonete
do Mcdonald´s – moderna na estrutura física, atrativa no marketing, rápida na
produção e padronizada no mundo. Partindo dessa linha de pensamento, cada
crente se tornou um Big Mac que será devorado por
consumidores religiosos, que de igual modo são seres padronizados.
A padronização eclesiástica,
influenciada pela “Mcdonaldização do Evangelismo”, prega a homogeneização da
salvação, da liturgia, da conversão, da santificação, das estratégias
eclesiásticas e etc. Às vezes, parece que há uma fôrma onde se coloca a pessoa
evangelizada para eliminar as virtudes e qualidades distinguíveis a cada
individuo, criando cristãos imitadores (padronizados), reprodutores da fé de discipuladores
hambúrguer. O cristão mcdonaldizado é aquele que vive
simplesmente para ser igualzinho aos outros – cantam as mesmas canções, falam
os mesmos clichês espirituais, pregam os mesmos sermões e oram da mesma forma.
Infelizmente, a igreja
tupiniquim aderiu, entusiasticamente, a “Mcdonaldização do
Evangelismo”. Isto fica notório, pois se trabalha exaustivamente na obra de
Deus, mas não se tem tempo para o próprio Deus. Se define um evangelismo
relâmpago, com resultados rápidos, produzindo conversões momentâneas. Se
prefere a eficácia das estratégias de crescimento e padronização empresarial
(Mcdonald´s), ao invés de buscar em Jesus o modelo para espiritualidade,
evangelismo e eclesiologia.
É nas igrejas mcdonaldizadas que
se cria a linha reprodução em série (leia-se multiplicação) que precisam ser
provocadas para entrarem num ritmo de ativismo tamanho que impossibilite as
pessoas de perceberem que estão se tornando meros cheeseburger
religiosos. É necessário bradar que cada pessoa tem suas especificidades e
não pode ser tratada como uma mera linha de produção de sanduíches. Por fim, o resultado
de tudo isto é: limitação e boicote da Verdade contida no Evangelho,
banalização do poder de Deus, crentes “fantoches” e ativismo eclesiástico.
Fortalecido pela cruz de Cristo,
Vinicius Seabra | vs.seabra@gmail.com
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Artigo escrito em: 10 de Junho de 2005