"...livremo-nos de tudo o que nos
atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida
que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa
fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a
vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que
suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem
nem se desanimem”.
Hebreus
12:1-3 (NVI)
A vida cristã não poucas vezes se apresenta
de forma contraditória ao ser cristão, isto só é possível, pois constantemente
se prefere trilhar caminhos distantes da cruz de Cristo. Infelizmente, busca-se
o sucesso quando deveria se aquietar na simplicidade do Carpinteiro.
Persevera-se na grandiosidade quando deveriam se esconder as sombras do
Calvário. Insiste em palavras de triunfalismo espiritual quando deveriam ser
proferidas palavras de arrependimento. Persiste na superioridade quando deveria
procurar uma bacia com água e uma toalha para lavar os pés daqueles que estão a
caminho da cruz.
A cada pôr-do-sol os cristãos devem fazer um
auto-exame e olhar em volta e dentro de si para ver se ainda estão no caminho
da cruz. Cada passo rumo à cruz é uma atitude de fé, coragem e de negação
própria. Não é fácil viver no caminho da cruz, especialmente quando a maré
evangélica parece estar em uma marcha contrária. Isto fica notório quando se
assiste um culto qualquer, pois o foco não é mais a cruz, mas sim a benção, a
prosperidade, a cura, a vitória, as estratégias, o templo e o próprio homem. Neste
esquema eclesiástico muitos sido induzido
para um vicioso ativismo religioso, onde não há tempo para parar aos pés da
cruz e ali, em silêncio, quebrantar-se.
Caminhar rumo à cruz de Cristo é enveredar por
uma jornada de vislumbres da misericórdia de Deus que ainda insiste em encontrar
corações quebrantados que precisam desafortunadamente de perdão. O sacrifício
salvífico que emana da cruz é um convite para que os Seus desnudem-se de toda
altivez e simplesmente rendam-se como escravos, em gratidão e entrega, ao
senhorio dAquele que é o Senhor dos senhores. Frente à cruz de Cristo as
máscaras caiem e ali se derrama tudo que os holofotes escodem. É
neste lugar que se é surpreendido ao olhar para cima e perceber que o Mestre ainda
está de braços abertos.
A cruz sempre foi, e continua a ser, o ponto de encontro entre perdidos e cristãos perdidos. Ali é onde se encontra a ancora para dar firmeza na fé. É onde os fracassados, massacrados, rejeitados e desprezados podem encontrar um Carpinteiro que com ferramentas de amor consegue restaurar vidas e polir sonhos. (re)aprender o caminho da cruz é (re)aprender a ser cristão. Que espelhemos nossas vidas na jornada da Via Crúcis, olhando para Aquele que fez da cruz o Seu palco, expondo-se ao mundo, para uma platéia que não são espectadores, mas sim alvos desta história de amor.
A cruz sempre foi, e continua a ser, o ponto de encontro entre perdidos e cristãos perdidos. Ali é onde se encontra a ancora para dar firmeza na fé. É onde os fracassados, massacrados, rejeitados e desprezados podem encontrar um Carpinteiro que com ferramentas de amor consegue restaurar vidas e polir sonhos. (re)aprender o caminho da cruz é (re)aprender a ser cristão. Que espelhemos nossas vidas na jornada da Via Crúcis, olhando para Aquele que fez da cruz o Seu palco, expondo-se ao mundo, para uma platéia que não são espectadores, mas sim alvos desta história de amor.
Fortalecido pela
cruz de Cristo,
Vinicius Seabra | vinicius@mtn.org.br
Artigo escrito em: 03 de Outubro de 2007
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